“Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá.”
(Gonçalves Dias)

segunda-feira, 15 de março de 2010

Café novo

Café novo Não quero mais amores líquidos. Essa definição ela leu no último livro e disse que concorda com tudo. Cansou da anestesia que muitas pessoas vivem, não quer vínculos virtuais e fluidos. Essa teorização toda, pra ser bem simplista, é que ela agora quer um namorado. Já ouviu inúmeras vezes que as pessoas aparecem quando estamos prontos ou quando menos esperamos. Mas ela diz que até quando não está esperando, espera. Maldita espera. O que será que tem errado com ela ? O que será que tem de errado com os outros? Porque tem que ter um errado na história? Está tudo certo mas temos que pôr a culpa em alguém. Maldita expectativa. Esperamos muitas vezes um amor arrebatador, com encontros solenes, um par perfeito que só de olhar sabe, um amor que de longe sente. Expectativas que frustram. Amor é miudinho, é desajeitado, é sem regra. Amor é pequeno que pode virar grande. Amor é cuidado. É no descanso da busca desenfreada que você olha e repara. Despretensiosamente repara. E vê que aquela estética perfeita que você procurava não existe, mas que você acha lindo de morrer e de querer ficar junto. Bom é parar de querer explicar e enxergar o que está do lado. Ou até olhar com um outro olhar aquele que resolveu se reaproximar. Quem disse que figurinha repetida não completa álbum? Qual será o gosto de um café requentado? Definitivamente não. Ela decidiu esperar a máquina do café expresso consertar!!!

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