“Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá.”
(Gonçalves Dias)

quinta-feira, 21 de abril de 2011

21 de Abril – Dia do Aniversário de Brasília (51 anos)

21 de abril de 1960, após mil dias de construção, o presidente Kubitschek inaugurou Brasília, a nova capital do Brasil, instalando o Distrito Federal. Em 1987, Brasilia foi declarada patrimônio histórico da humanidade pela Unesco.
A capital do Brasil está em festa. Eu amo Brasília! Parabéééééns! *-*
Hoje é dia de festejar, a cidade que eu nasci e moro
completa 51 anos e celebra! Brasília nasceu do sonho de um estadista, JK e se concretizou com o suor de tantos brasileiros que vieram de todos os cantos para construir a nova Capital. É patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade e mesmo com todas as suas contradições é um lugar especial pra se viver. Meu amor por esta cidade nascida nas pranchetas do arquiteto e erguida com arte e concreto no meio do Cerrado, preservando verde e céu.
Brasília para mim é muito mais que a cidade poder, muito mais que o coração político do país. Brasília é céu e natureza, é arquitetura e espaços, é amplidão e sonho, é arte que se manifesta nas ruas, nos tantos encantos desta cidade que dizem não ter cantos!

sábado, 9 de abril de 2011

Das teimosias que a vida faz compensar

Tão bom (re)descobrir que esperar o melhor das pessoas compensa. Pode demorar, e às vezes demora mesmo, pede paciência. Mas quando compensa, é de um jeito tão bonito que chega a dar um calorzinho gostoso do lado de dentro. Eu tenho um defeito que nem sei se é defeito – vai ver que é virtude e faz parte do meu melhor -, e é isso: eu não desisto das pessoas. Às vezes eu até deveria, mas sou teimosa e insisto. Chego a quebrar a cara de novo e de novo esperando que as coisas aconteçam de um jeito bom, mas pra mim troço difícil é isso: virar a cara e seguir meu caminho, deixar pra trás quem de um jeito de outro mora aqui do meu lado de dentro. Tem gente, eu sei, que é assim, chega até a dizer: se agir errado comigo, vai ser uma vez só. E tem horas que eu invejo essa gente, digo de um jeito sincero e sem vergonha, invejo. Porque às vezes dói menos perder as esperanças de uma vez, desacreditar. Mas eu, teimosa, só sei ser de outro jeito, desse jeito que perdoa até quando não devia. O bom é que tem dias como hoje, em que ser assim compensa e dá uma alegria danada. De ver que as coisas podem mudar sim, podem mudar pra melhor. Que bom. Que bom que tem dias assim.

terça-feira, 5 de abril de 2011

"As coisas importantes são invisíveis aos olhos..."

« Quem és tu? - perguntou o principezinho - És bem bonita... - Sou uma raposa - disse a raposa. - Anda brincar comigo - pediu-lhe o principezinho. - Estou tão triste... - Não posso brincar contigo - disse a raposa. - Ainda ninguém me cativou... - Ah! Então desculpa! - Disse o principezinho. Mas pôs-se a pensar, a pensar, e acabou por perguntar: - "Cativar" quer dizer o quê? - Vê-se logo que não és de cá - disse a raposa. - De que andas tu à procura? - Ando à procura dos homens - disse o principezinho. - "Cativar" quer dizer o quê? (...) - É uma coisa de que toda a gente se esqueceu - disse a raposa. - Quer dizer "criar laços"... - Criar laços? - Sim, laços - disse a raposa. - Ora vê: por enquanto tu não és nada para mim senão um rapazinho perfeitamente igual a cem mil outros rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto eu não sou para ti senão uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativares, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E eu também passo a ser única no mundo para ti... (...) A raposa calou-se e ficou a olhar para o principezinho durante muito tempo. - Se fazes favor... cativa-me! - acabou finalmente por pedir. - Eu bem gostava - respondeu o principezinho. - Mas não tenho muito tempo. Tenho amigos para descobrir e uma data de coisas para conhecer... - Só conhecemos o que cativamos - disse a raposa. - Os homens deixaram de ter tempo para conhecer o que quer que seja. Compram as coisas já feitas aos vendedores. Mas como não há vendedores de amigos os homens deixaram de ter amigos. Se queres um amigo, cativa-me! (...) E o principezinho cativou a raposa. (...) » Antoine de Saint-Éxupéry - O Principezinho

domingo, 3 de abril de 2011

UM PEDAÇO DE VOCÊ
Um pedaço de você já ficou no tempo, quando você deixou de ler um bom livro, quando não acreditou naquele amigo… Quando não aproveitou aquele instante para falar de amor, quando não abraçou seu pai e nem beijou a mãe. Um pedaço de você se perdeu na curva, quando abandonou o seu sonho sem tentar, quando aceitou trabalhar onde não gostava, quando fazia o que não suportava… Quando disse sim, quando queria dizer não, quando deixou o amor morrer antes de nascer, por medo de sofrer… Um pedaço de você ficou parado, quando você não quis fazer um novo percurso, quando se conformou com o velho, quando ficou parado vendo o povo correr… Quando votou em branco, se podia escolher, quando não apareceu quando era esperado. A vida pede atitude em cada instante, e passa por cima de quem se cala, de quem aceita, de quem acredita que tudo está irremediavelmente perdido. A vida desacata quem não se aceita, humilha quem não se valoriza, ensina com amor os que amam sem medidas, ensina com dor, os que fogem das lições. Um pedaço de você quer tudo, outro quer se esconder. Assim, cabe a você, só a você, dosar ansiedade e apatia, ter um tempo para criar e outro para executar… Falar e ouvir, ensinar e aprender, caminhar e correr… Amar e ser amado, falar baixo e gritar. Ter um tempo para refletir… Só não vale cruzar os braços! Só não vale não ser você! Só não vale esquecer: Que nada é mais importante que você. (Paulo Roberto Gaefke)