“Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá.”
(Gonçalves Dias)

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

pra ser sincera

Por: Kênia → Vem cá, eu vou te dizer uma coisa. E olha, te digo assim, com toda a sinceridade do mundo porque você merece. Merece que eu seja sincera contigo e te diga o que penso, mesmo que por hora não seja doce nem fácil de se escutar. Mas é que do jeito que eu vejo, amigo não é só passar a mão na cabeça e dar risada e falar besteira, é isso também, mas vai tão além. Eu não sei ser amiga de balada e de fofoquinha e de risadinha vazia, não sei mesmo, não sei fazer isso com ninguém. Pra te dizer a verdade, eu nunca soube a vida toda, e sei que até tá assim de gente que me acha antipática pra burro por causa disso, fazer o quê? Não tem jeito, amigo pra mim é dizer de verdade tudo o que tem pra dizer, é falar na lata, com cuidado e com carinho claro, mas sem dourar a pílula. E é dizer coisa que dói às vezes. Então eu te digo assim de boa, se quiser falar comigo, vem falar comigo, entende? Não manda recado, não dá indireta, não fica rodeando nem jogando verde pra colher maduro que isso, vou te dizer, isso me deixa tão chateada. Acho que eu mereço mais de você, assim como você merece mais de mim. Sinceridade, ir direto ao ponto, é o mínimo que eu poderia esperar, é uma questão de respeito, entende? Então, a porta tá aberta. E é como dizia minha avó, não se faz uma omelete sem quebrar os ovos, então vem, que a gente conversa, a gente se explica, a gente pode até brigar ou desentender, mas no final a gente se abraça, porque amigo é assim, sobrevive. Pelo menos os que eu tenho, aqueles de verdade, é assim. E você, pra mim, é assim. Pelo menos eu gosto de pensar que sim. E putz, eu não queria estar enganada. Te digo isso do fundo do peito, mesmo: como eu não queria estar enganada.

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